sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Leituras para fevereiro

Caros leitores e amigos:

Na nossa viagem pela ficção portuguesa, planeada para 2015 e iniciada em janeiro, em fevereiro dedicar-nos-emos a escritores cujo apelido começa pela letra C. 
E da panóplia de autores escolhidos, escolha um livro de um destes autores que a seguir lhe apresentamos.

C
- Alexandra Lucas Coelho
- Fernando Campos
- Nuno Camarneiro
- Dulce Maria Cardoso
- J. Rentes de Carvalho
- Mário de cArvalho
- Camilo Castelo Branco
- Mário de Sá-Carneiro
- Mário Cláudio
- Miguel Esteves Cardoso
- Paulo Condessa
- Clara Pinto Correia
- Luísa da Costa
- Hélia Correia
- Natália Correia
- Maria Velho da Costa
- Afonso Cruz
- Mafalda Ivo Cruz
- Fernando da Costa

Poderá consultar o catálogo online da Biblioteca e ver se a obra que procura está disponível, reservá-la e depois levantá-la no prazo de 3 dias.

Para isso, siga os seguintes passos:
- seleccionar o catálogo da Biblioteca Municipal de Silves;
- escolher a pesquisa simples e depois procurar por autor;
- colocar o apelido do escritor seguido imediatamente de vírgula e depois dá-se um espaço e coloca-se o resto do nome do autor. Por ex: Coelho, Alexandra Lucas
- clicar em ver detalhe;
- na Fila de Espera clicar em reservar.


sábado, 3 de janeiro de 2015

RECEITA DE ANO NOVO

LEITORES AMIGOS
Com o novo ano não esqueçam Drummond de Andrade e estas suas palavras sábias…Que 2015 vos traga saúde, amor, paz e muita POESIA, entre outras coisas que mais desejarem!



RECEITA DE ANO NOVO
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.

Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade